“A verdadeira liberdade humana consiste em poder decidir por si mesmo com plena consciência sobre os próprios objetivos de vida e agir segundo eles.” Rudolf Steiner

A presente curadoria de conteúdo apresenta sugestões de livros e textos acadêmicos que podem ser utilizados para a aplicação da lei 10.639/03. A referida lei modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira- LDB 9394/96, e torna obrigatório o ensino de história da África e cultura Afro-brasileira nas escolas. Posteriormente a lei 10639/03 foi ampliada com a lei 11.645/08, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura indígena na educação básica. Importante salientar que ambas as legislações possuem como objetivo maior, de caráter educativo e reparatório, que é contribuir para que o Brasil caminhe em busca de equidade racial. Inicio essa seleção com sugestão de material para formação de professores, entendida aqui como formação formal, tanto nas licenciaturas, cursos livres e pós graduação, como também nas formações continuadas e serviço como prevista na já citada LDB, mas principalmente entendo nosso compromisso com a autoeducação. Na perspectiva de Rudolf Steiner, a autoeducação é um caminho essencial para o desenvolvimento pleno do ser humano. Para ele, o processo de autodescoberta e aperfeiçoamento não se limita ao acúmulo de conhecimentos externos, mas envolve a transformação interior e o fortalecimento das capacidades espirituais e morais. Steiner enfatiza que a autoeducação exige um trabalho constante de auto-observação e disciplina, em que o indivíduo se torna o “escultor de si mesmo”. Neste percurso, o foco está no despertar da autoconsciência e na harmonização de pensar, sentir e querer, de modo a cultivar um eu autêntico e pleno, capaz de contribuir para o desenvolvimento social e espiritual da humanidade. Seguimos com indicações por segmento da educação básica: Educação Infantil, Fundamental I, Fundamental II e Ensino Médio. Apesar da cuidadosa verificação dos conteúdos e adequação levando em conta o currículo previsto pela BNCC, pelo currículo Waldorf (que considera a antropologia da criança) a/o educador/a terá uma referência que será acrescida do olhar cuidadoso para sua constelação de alunas/os, comunidade escolar e região geográfica. Livros e indicações para grupos de estudos e literatura para adultos estão na sequência, considerando que podemos usar a literatura para nos fortalecer mesmo que ela não tenha diretamente uma intencionalidade pedagógica. Por fim, indico autoras/es para que novos conteúdos e materiais sejam pesquisados por todas/os que se interessam pela construção de um mundo sem racismo.

Formação de Professores

Educação Infantil

Educação Infantil e 1º a 3º ano do Fundamental

Ensino Fundamental 1

Ensino Fundamental 2

Ensino Médio

Grupos de Estudos/ Literatura para Adultos

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Orientações e ações para a Educação da Relações Étnico-Raciais

Ministério da Educação / Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais Brasília: SECAD, 2010.

Material distribuído gratuitamente, o PDF pode ser acessado por este link sem ferir direitos autorais.

Do silêncio do lar ao silêncio escolar: Racismo, preconceito e discriminação na educação infantil

Eliane dos Santos Cavalleiro
Editora Contexto

DO SILÊNCIO DO LAR AO SILÊNCIO ESCOLAR é a interpretação crítica e analítica de uma pesquisa feita pela professora Eliane Cavalleiro sobre a discriminação das crianças negras em sala de aula. Os resultados são chocantes e mostram inúmeras situações de preconceito racial ocorridas durante as aulas. Esse livro é um primeiro e importante passo para que o Brasil rompa o silêncio em torno do racismo e comece a lutar para eliminá-lo de vez do sistema educacional.

Livro do Professor

Mara Catarina Evaristo
Editora Mazza

Apresenta sugestões pedagógicas para abordar a coleção Griot Mirim e para outras demandas das crianças da educação infantil em relação à temática racial.

A Origem Africana da Matemática

Jefferson Todão
Editora Ananse 2024

Conheça a história escondida da Matemática, na qual o epistemicídio e o racismo científico camuflam e apontam como única (aquela que aprendemos).    África do Sul, República Democrática do Congo, Mali, Líbia e, principalmente, Kemet (Egito) são países de grande importância nessa narrativa, que vem desde a estrutura astronômica mais antiga da humanidade, passando pelos primeiros objetos matemáticos, os papiros egípcios, as primeiras universidades da história, reinos e impérios africanos. 
Surpreenda-se com os saberes não revelados de nossos ancestrais!

Trajetória de Descolonização da Escola: O enfrentamento do racismo no ensino de ciências e tecnologias

Anna Maria Canavarro,Marysson Jonas Rodrigues Camargo, Nicéia Quintino Amauro
Editora Nandyala

Ensino de química, física, matemática, biologia e transdisciplinaridade para o cumprimento da lei 10639/03 visando o enfrentamento ao racismo.

Como ser um educador antirracista

Bárbara Carine
Editora Planeta

A autora apresenta importantes conceitos para o entendimento da relações raciais no Brasil:pacto da branquitude, racismo estrutural, cotas raciais e educação emancipatória, para (re)pensar as ações pedagógicas e a formação e o papel dos educadores.

Literaturas Africanas e Afro-brasileira na prática pedagógica

Íris da Costa Amâncio, Míriam Lúcia dos Santos Jorge, Nilma Lino Gomes
Editora Autêntica

Integrante da Coleção Cultura Negra e Identidades, este livro propõe ao docente uma postura pedagógica mais responsável, que privilegie o diálogo intercultural e supere preconceitos e estereótipos. Para isso, as autoras mostram ao professor e à professora as contribuições das Literaturas africanas e afro-brasileira na prática pedagógica.O universo literário africano como ferramenta para a efetivação da Lei nº 10.639/03 é o cerne deste livro que parte da necessidade de uma educação da diferença para apresentar aos leitores quais são as pesquisas que caminham nesse sentido no campo educacional e chamar a atenção para a importância de investir na educação como direito social. Até quando os cursos de Pedagogia e de licenciatura continuarão negando ou omitindo a inclusão do conteúdo da Lei nº 10.639/03 nos seus currículos? O que fazer diante das lacunas que comprometem a implantação dessa Lei? Essas são algumas das questões tratadas neste livro que busca analisar como têm sido os cursos de formação inicial de professores quando o assunto é a discussão sobre África e questão afro-brasileira.

EDUCAÇÃO INFANTIL

Meninas Negras

Madu Costa
Coleção Griot Mirim - Mazza Edições

Coleção com beleza e leveza para a educação infantil. As histórias são de fácil compreensão. Descrições dos personagens bem elaboras, sem julgamentos. Permite a apropriação rápida da história e formação de imagem bem construída.

Koumba e o Tambor Diambê

Madu Costa
Coleção Griot Mirim - Mazza Edições

Coleção com beleza e leveza para a educação infantil. As histórias são de fácil compreensão. Descrições dos personagens bem elaboras, sem julgamentos. Permite a apropriação rápida da história e formação de imagem bem construída.

Que Cor é a Minha Cor?

Martha Rodrigues
Coleção Griot Mirim - Mazza Edições

Coleção com beleza e leveza para a educação infantil. As histórias são de fácil compreensão. Descrições dos personagens bem elaboras, sem julgamentos. Permite a apropriação rápida da história e formação de imagem bem construída.

Com Qual Penteado Eu Vou?

Kiusam de Oliveira
Editora Melhoramentos

Uma obra fundamental para pautar a diversidade e a beleza que existe em cada criança, independente de com qual penteado ela vai. Com um texto rico e claro, como só a Kiusam de Oliveira, doutora em Educação e com diversas publicações de sucesso, poderia nos trazer.  Este livro é uma dessas pinturas estonteantes. Cenas plásticas que nos prendem a atenção! A festa de 100 anos do Seu Benedito vai animar toda a família, afinal, agora ele é um cen-te-ná-rio. Para homenagear seu bisavô nessa data tão importante, suas bisnetas e seus bisnetos irão escolher penteados lindos para participarem da comemoração. E cada uma e cada um irá presentear seu bisa com a virtude mais poderosa que tem.

Amor de Cabelo

Matthew A. Cherry & Vashti Harrison
Editora Galerinha

Sugestão utilizar na educação infantil e no início do fundamental, aproveitando a versão em inglês.

EDUCAÇÃO INFANTIL e 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental

Meia Curta

Andreza Félix, Ilustração: Santiago Régis
Editora Mazza

Clique aqui e acesse o link da editora com o material digital do professor com sugestões e orientações didáticas.

Embolando Palavras

Madu Costa; Ilustração: Rubem Filho
Editora Mazza

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Contos Africanos para Crianças Brasileiras

Madu Costa; Ilustração: Rubem Filho
Editora Mazza

Contos recolhidos de Uganda

ENSINO FUNDAMENTAL 1

Chupim

Itamar Vieira Junior, Pintura: Manuela Navas
Editora Baião

Primeiro livro para as infâncias de Itamar Vieira Junior, em coautoria com a artista plástica Manuela Navas, "Chupim" nos presenteia com uma prosa marcada pelo lirismo e pela crítica social. Entre realidade e sonho, o autor de "Torto arado" sobrevoa a vida do trabalho no campo, contrapondo as perspectivas infantil e adulta sobre o mesmo universo.

Os Dengos na Moringa de Voinha

Ana Fátima, Ilustração: Fernanda Rodrigues
Editora Brinque-Book

Nesse livro, o leitor passeará por lembranças cheias de afeto: o abraço do Voinho, o cafuné da mainha, as cantigas de painho, o cheiro do angu feito pela tia, a dança da irmã caçula. A guardiã dessas lembranças é a moringa de Voinha, um jarro feito de barro, que simboliza a força da ancestralidade e da memória.

Omo-Oba : Histórias de Príncipes e Princesas

Kiusam de Oliveira, Ilustração: Ayodê França
Editora: Companhia das Letrinhas

Nesta coletânea ilustrada, Kiusam de Oliveira reconta mitos iorubás de princesas e príncipes africanos ― conhecidos, no Brasil, como orixás

O Mundo no Black Power de Táyo

Kiusam de Oliveira, Ilustração: Taisa Borges
Editora Peirópolis

Considerado pela ONU um dos dez livros mais Importantes do mundo na categoria Direitos Humanos.

Bruna e Galinha d'Angola

Gercilga d’Almeida, Ilustração: Valéria Saraiva
Editora: Pallas

Retrata o universo mítico africano representado pela Galinha d’angola e sua relação com a criação do universo de uma forma didática, lúdica e prazerosa.

O Pênalti

Geni Guimarães
Editora: Malê

Geni Guimarães faz uso de suas premiadas habilidades literárias para abordar o que há de mais sensível e tenro nas relações humanas, e, ao representar a família de Kamau e Kaiodê, demostra que é a ternura, o cuidado, o companheirismo e o amor que ditam as atitudes dos personagens, nos oferendo um belo retrato de uma família negra que se ama e se cuida.

ENSINO FUNDAMENTAL II

Inesquecíveis

Kiusam de Oliveira, Ilustração Rodrigo Andrade
Moderna Literatura

Afrofuturismo, ancestralidade, corpo-templo-resistência, história, memória, movimento negro.

O Homem Que Não Podia Olhar Para Trás

Nelson Saúte, Ilustrações: Roberto Chichorro
Editora: Língua Geral

Neste conto infanto-juvenil, Nelson Saúte, jovem e talentoso autor moçambicano, inspirou-se, para criá-lo, na história “O homem chamado Namarasotha”, contado a Elisa Fuchs por César Intupa, e inserido no livro “Contos populares moçambicanos”. Ilustrado por Roberto Chichorro, artista plástico moçambicano, a narrativa retrata a peregrinação de Abdala Mussa pelas terras da África.

O Convidador de Pirilampos

Ondjaki e Antônio Jorge Gonçalves
Editora Caminho

O que se pode fazer de tão bacana quando não temos a tecnologia presente? Sutilmente se coloca essa questão quando temos tempo para criar e observar o que está ao nosso redor. Neste livro, Ondjaki narra a história de um menino e seu avô que, com uma bela cumplicidade, compartilham descobertas da natureza pela observação e da “cientistação” das coisas. Este livro é inspirado na temática “estórias sem luz elétrica”.

A Vida No Céu

José Eduardo Agualusa
Editora Melhoramentos

A Vida no Céu é um romance distópico do autor José Eduardo Agualusa, publicado em 2015 pela Editora Melhoramentos. O livro conta a história de um futuro em que o mundo se encontra coberto de água e a temperatura é intolerável, obrigando a humanidade a subir aos céus para sobreviver. A história é narrada por Carlos Benjamim Moco, um adolescente angolano de 16 anos que vive em Luanda, uma aldeia formada por mais de cem balsas.

Heroínas Negras Brasileiras

Jarrid Arraes
Editora Melhoramentos

Em seus cordéis a autora utiliza de dados da cultura popular e tradição oral, não sendo, portanto, fonte histórica, mas é uma literatura que apresenta mulheres negras incríveis da nossa história, fonte de inspirações e de início de outras investigações.

Um Pé de Ancestralidade: contos

Autores: Bell Puã, Antonio Jeovane da Silva Ferreira, Bioncinha do Brasil, Caliel Alves, Dêner Batista Lopes, Diego Soares, Domingos Alves de Almeida, Marilia Pereira de Jesus, Thayná Alves, Yasmim Morais,Zainne Lima da Silva.
Editora Malê

A coletânea reúne contos selecionados pela Prêmio Malê de literatura, na categoria jovens leitor@s.

Os Nove Pentes D'África

Cidinha da Silva
Editora Mazza

Em Os nove pentes d'África, estreia de Cidinha da Silva na cena literária juvenil, tradição e contemporaneidade tecem um bordado de poesia e surpresa na tela de uma família negra brasileira. Os pentes herdados pelos nove netos de Francisco Ayrá são a pedra de toque para abordar a pulsão de vida presente nas experiências das personagens e dos rituais cotidianos da narrativa.

Cartas a uma Negra

Françoise Ega
Editora todavia

Antilhana, Françoise Ega trabalhava em casas de família em Marselha, na França. Um de seus pequenos prazeres era ler a revista Paris Match, na qual deparou com um texto sobre Carolina Maria de Jesus e seu QUARTO DE DESPEJO. Identificou-se prontamente. E passou a escrever “cartas” — jamais entregues — à autora brasileira. CARTAS A UMA NEGRA, publicado postumamente, é um dos documentos literários mais significativos e tocantes sobre a exploração feminina e o racismo no século 20.

ENSINO MÉDIO

Úrsula

Maria Firmina dos Reis
Editoras diversas

Maria Firmina dos Reis - mulher Negra escritora, poeta, professora, compositora, folclorista. Diversas editoras publicaram o romance escrito em 1859, é considerado o primeiro romance abolicionista brasileiro. Sua narrativa é carregada de originalidade ao caracterizar negros escravizados da perspectiva deles mesmo. Sujeitos que pensam, agem e desejam a liberdade.

Clara dos Anjos

Lima Barreto
Editoras diversas

Último romance escrito por Lima Barreto, tendo sido publicado postumamente, Clara dos Anjos é também o livro que condensa grande parte das preocupações que rondaram a obra do autor. Lá estão o subúrbio carioca, as questões raciais, as diferenças de classe e a modernização do Rio de Janeiro no início do século XX.

Ponciá Vicêncio

Conceição Evaristo
Editora Pallas

A história de Ponciá Vicêncio descreve os caminhos, as andanças, as marcas, os sonhos e os desencantos da protagonista. A autora traça a trajetória da personagem da infância à idade adulta, analisando seus afetos e desafetos e seu envolvimento com a família e os amigos. Discute a questão da identidade de Ponciá, centrada na herança identitária do avô e estabelece um diálogo entre o passado e o presente, entre a lembrança e a vivência, entre o real e o imaginado.

Contos Africanos dos Países de Língua Portuguesa

Editora Ática

Este livro apresenta aos leitores brasileiros autores contemporâneos da África de língua portuguesa. São dez contos de diferentes estilos e temáticas, que traçam um panorama cultural dos países que falam o português, com todas as diferenças e semelhanças que permitem comparações com a realidade brasileira.

Diário de Bitita

Carolina Maria de Jesus

A dura luta cotidiana de uma família negra, nas primeiras décadas do século passado, narrada do ponto de vista de uma menina inteligente e interessada. O Diário de Bitita documenta seus esforços para, ainda criança, encontrar trabalho, garantir a sobrevivência material e manter a dignidade, acima de tudo. Um painel da sociedade agrária brasileira, realçado com tintas de injustiça social, preconceito e discriminação. A primeira edição deste Diário de Bitita foi publicada postumamente, em 1982, na França.

E Eu Não Sou uma Mulher? A narrativa de Sojourner Truth


Sojourner Truth, a primeira escravizada a conseguir a condenação na justiça de um senhor de escravos. Uma vida de provações e resistência, narrada no livro que marca a luta pelos direitos dos negros e das mulheres.
Sojourner Truth é o nome e a identidade adotados pela escravizada nascida por volta de 1797, a quem os senhores chamavam de “Isabella” e cujo sobrenome era, pelo costume, o mesmo de seu “proprietário”. Mulher, escravizada, iletrada: mesmo no degrau mais baixo da pirâmide social, Sojourner Truth tornou-se uma força transformadora em prol dos direitos das mulheres e dos negros. Ainda que a tenham mantido afastada dos estudos e que lhe tenham negado quaisquer direitos, seu senso do que é certo a levou a processar, e a derrotar na justiça, homens brancos, por duas vezes. Na primeira, conseguiu recuperar de um senhor de escravos seu filho de cinco anos, que havia sido vendido e levado para longe; na segunda, conseguiu indenização de um homem que a caluniara. Quando a história de sua vida — narrada a uma companheira abolicionista, já que Sojourner nunca aprendeu a escrever — chegou ao público na forma deste livro, tornou-se um poderoso manifesto pela afirmação dos direitos dos negros. Sojourner, mais que uma referência moral, foi uma liderança ativa na batalha pelos direitos das mulheres e dos negros, tanto os ex-escravizados quanto os que continuavam nas agruras do cativeiro no sul dos Estados Unidos.

Pai Contra Mãe

Machado de Assis
Editoras diversas

Nesse conto, Machado de Assis ambienta o período da escravidão e nos leva ao conhecimento das marcas deixadas por ela na sociedade brasileira.

Evocações

Cruz e Souza
Editoras diversas

Cruz e Souza, Poeta, Negro, Abolicionista, e pai do simbolismo no Brasil.

O Avesso da Pele

Jeferson Tenório
Companhia das Letras

Ganhador do Prêmio Jabuti de 2021
A obra apresenta questões raciais que vão desde o racismo estrutural à violência policial, e trata ainda da fetichização e sexualização de corpos negros.

Censura ao livro por debater o racismo (artigo do canal G1, clique aqui para ler):

GRUPOS DE ESTUDOS / LITERATURA PARA ADULTOS

Idiosidade: Crônicas de uma mulher negra para inspirar tâmaras

Leny Blue de Oliveira
Matrioska Editora

Vozes Insurgentes de Mulheres Negras

Organização: Bianca Santana
Editora Mazza e Fundação Rosa Luxemburgo

Organizado por Bianca Santana, livro nos apresenta a voz de 24 mulheres negras que são fundamentes do pensamento brasileiro e que muitas vezes foram silenciadas pelo epistêmicidio. O livro pode ser baixado gratuitamente e sem ferir direitos autorais neste link

Dororidade

Vilma Piedade
Editora Nós

Não é só sororidade, é Dororidade, diz-nos Vilma Piedade. Aqui, ela luta com palavras: o que é, afinal, Dororidade? O que este conceito aprofunda no diálogo feminista? Vilma Piedade desenvolve, com sua força, com sua militância e com seu estilo autêntico, legítimo Pretoguês, um conceito que nasceu de sua intuição e se espalhou amplamente, tornando-se necessário. Será possível construir o Feminismo Interseccional Inclusivo? Não sem todos os tons de Pretas. Não sem compreender o que é Dororidade.

O Pacto da Branquitude

Cida Bento
Companhia das Letras

Diante de dezenas de recusas em processos seletivos, Cida Bento identificou um padrão: por mais qualificada que fosse, ela nunca era a escolhida para as vagas. O mesmo ocorria com seus irmãos, que, como ela, também tinham ensino superior completo. Por outro lado, pessoas brancas com currículos equivalentes ― quando não inferiores ― eram contratadas.
Em suas pesquisas de mestrado e doutorado, a autora se dedicou a investigar esse modelo, que se repetia nas mais diversas esferas corporativas, e a desmistificar a falácia do discurso meritocrático. O que encontrou foi um acordo não verbalizado de autopreservação, que atende a interesses de determinados grupos e perpetua o poder de pessoas brancas. A esse fenômeno, Cida Bento deu o nome de "pacto narcísico da branquitude".

O Movimento Negro Educador

Nilma Lino Gomes
Editora Vozes

A compreensão dos saberes produzidos, articulados e sistematizados pelo Movimento Negro e de Mulheres Negras tem a capacidade de subverter a teoria educacional, construir a pedagogia das ausências e das emergências, repensar a escola, descolonizar os currículos e dar visibilidade às vivências e práticas dos sujeitos.

Ela poderá nos levar ao necessário movimento de descolonização do conhecimento. Este trabalho tem como tese principal o papel do Movimento Negro brasileiro como educador, produtor de saberes emancipatórios e um sistematizador de conhecimentos sobre a questão racial no Brasil. Saberes transformados em reivindicações, das quais várias se tornaram políticas de Estado nas primeiras décadas do século XXI.

Coleção Cultura Negra e Identidades

Editora autêntica

Discriminação Estética
Adilson José Moreira, Gabriela Doll Martinelli, Helena de Araújo Bento, Luana Pereira da Costa, Rafaella Pavanello Palmieri.

Sem Perder a Raiz
Nilma Lino Gomes

Quem quer (pode) Ser Negro no Brasil?
Rodrigo Ednilson, Luiza Bairros, Vanda Sá Barreto

Negritudes
Fabiana Lima, Fernanda Felisberto, Jadir Anunciação de Brito

Vozes Negras em Comunicação
Laura Guimarães Correia

Tecendo Teses antirracistas III
Leandro Santos Bulhões de Jesus, Miguel de Barros

Banto, Malês e Identidade Étnica
Nei Lopes

Rediscutindo a Mestiçagem No Brasil
Kabengele Munanga
Importante coleção da autêntica editora, que nos oferece fundamentação teórica para entender e repensar as relações raciais no Brasil. Com teses que circulam desde salões de Beleza para cabelos crespo (sem perder a raiz) chegando a classificação racial e cotas (Quem quer (pode) ser negro no Brasil).